O nhenhenhén dos Bolsominions está apenas começando.

Agora que os mais lúcidos começaram a perceber a cagada, começa a apologia e os apelos ao patriotismo (estamos no mesmo barco, temos de ser patriotas, etc).

Em tempos em que a verdade virou relativismo total, há uma verdade irrefutável: Bolsonaro não tem capacidade intelectual ou moral para liderar uma nação de 200 milhões de pessoas numa encruzilhada econômica, ambiental e institucional (Afinal, democracia! Vai ou não vai?). O homem é um total e completo idiota, com o pensamento lógico inferior ao de uma criança de cinco anos (com desculpas às mães de crianças menores: tenho certeza de que o seu filho e sua filha são capazes de conectar causa e consequência muito melhor que o Bolsonaro).

Agora, o que me irrita PROFUNDAMENTE (e desculpem o desabafo) é aquele cara que votou no Bolsonaro, convicto, acreditando no “mito”, mesmo tendo sido confrontado com todas as evidências do que ele é e do que ele representa, e que agora se espanta com o fato de que outras pessoas estejam chocadas e desconfortáveis com a sua decisão. Ou que, como é o meu caso, não façam questão de continuar “amizades” de feicebuque. Zezinho, você votou num quase-nazista, que despreza a democracia, faz pouco de mulheres, ataca os homossexuais, despreza os negros, vai aumentar o desmatamento na Amazônia. Oi??? Como eu costumo dizer em classe: Jesus Cristo! Eu peço encarecidamente aos bolsominions silenciosos, se você ainda não me bloqueou no Facebook, Instagram, Whatsapp e o diabo a quatro, agora é a hora, porque eu vou te bloquear assim que eu souber que você votou nele. E não me venha com essa história de “amizade é eterna”, “a política não pode interferir nas amizades e nas famílias”, “não misturo amizade e política”. Primeiro pense: se você me conhece mesmo e se somos “amigos” (ou parentes), o que faz você pensar que podemos realmente ser amigos? Temos algo em comum? Temos valores em comum? Não? Então tá!

Tenho amigos conservadores. Adoro uma amiga em especial que é muito católica e é contra o aborto legalizado, mas em vários sentidos tem valores que eu admiro. Ela não só se diz cristã, mas pratica o cristianismo. Ela também não votou em Bolsonaro. Mas se vc sabe quais são os valores que eu defendo, quem eu sou e quem eu amo, e ainda assim vem com essa conversinha de “ai, mas a nossa amizade, a nossa história, política não tem importância, a amizade é eterna”, nhe-nhe-nhe-nhém.